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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

SIMPLEX NA SAÚDE - Uma passo correcto no sentido da melhoria dos cuidados de saúde!


Que bela novidade foi dada hoje pelo Primeiro Ministro José Sócrates - O SIMPLEX NA SAÚDE!

Julgo que caso o programa venha a ser aplicado na íntegra pode ser de facto uma mais valia para todos os profissionais de saúde, sendo sobretudo um enorme progresso para todos os utentes que por esse País fora precisam de mais e melhor Saúde!

Correia de Campos, deixou o executivo certamente com a sensação de dever cumprido, uma vez que foi o ministro reformista, que abanou o sector farmacêutico, encerrou algumas Pseudo-Urgências (SAPs) que eram obviamente desnecessárias em localidades geograficamente praticamente sobrepostas, criou as unidade familiares, encerrou maternidades procurando a excelência na prestação dos cuidados nestas unidade de Saúde, enfim abanou com todo o sector da Saúde! Muitos dos que o criticam hoje serão provavelmente alguns dos seus fâs daqui a 20 anos à boa maneira portuguesa, mas isso deixemos posteriormente a história contar...

Diria portanto que foi um ministro muito bom em termos técnicos mas mau em termos políticos, ou seja na forma como (não)explicava as suas decisões, daí a sua remodelação!

Mas falando do Simplex, julgo que é demasiado óbvio aos olhos de todos as melhorias que deste programa podem surgir para todos os portugueses. Quanto são os doentes crónicos que têm dificuldade em arranjar uma receita de um medicamento que certamente terão de usar para toda a vida? Inúmeros é a resposta! Quantos eram os utentes para quem o simples facto da necessidade da marcação de uma consulta os levava a perder um dia de trabalho? Inúmeros é a resposta!

Com este programa, problemas básicos podem de facto vir a ser ultrapassados dando assim sentido à frase "Mais e Melhor Saúde", pois esse é um bem exigido por todos os portugueses!

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Sócrates volta a terra!

Na mensagem de Ano Novo, o Presidente da República fez um discurso oportuno, que na minha leitura se baseou na palavra MAS!
A verdade é que ele tocou em pontos basilares de uma sociedade moderna, como seja a educação, a saúde ou a Justiça! Disse que houve sinais positivos mas...

Trouxe à terra um Governo que talvez fruto das sondagens se teme que abrande o espírito reformista e se vire agora para as reformas populistas (2009 está à porta…)!

Da acção governativa na minha modesta opinião, mesmo sendo algumas reformas do Governo Socialista impopulares, estas são adequadas face aos problemas do presente e do futuro do País. O problema é que foram apresentadas de forma errónea aos portugueses.

Chega a haver momentos em que parece que apenas o Primeiro-ministro acredita nas reformas, uma vez que alguns dos seus ministros têm dificuldades em explicar o sentido das mesmas. E algumas delas têm muito sentido como veremos no futuro!

Parte do problema reside no facto de alguns ministros do executivo não serem a meu ver bons políticos (Ministro da Saúde e Ministra da Educação), daí a dificuldade em apresentar as suas reformas de uma forma equilibrada, simples e de fácil entendimento para o povo português.

Repare-se na diferença com que o Ministro das Finanças apresenta os seus programas, as suas reformas em relação aos mencionados ministros. Serão as reformas deste ministro menos impopulares que qualquer das reformas apresentadas pela Ministra da Educação ou o Ministro da Saúde?

Sinceramente não me parece, a diferença está na forma como são apresentadas...e isso também faz parte de um bom político e de um bom governo.

Feliz 2008!

quarta-feira, abril 11, 2007

A entrevista de Jose Sócrates - Desilusão!

O adjectivo que utilizo para descrever esta entrevista é mesmo desilusão.

Para analisar a entrevista começarei por analisar a performance dos entrevistadores.
Perante dois jornalistas com o nível de Maria Flor Pedroso e Jose Alberto Carvalho, sinceramente esperava mais e melhor. Digo isto, porque se tratam dois dos mais conceituados jornalistas portugueses, sendo um exemplo de qualidade intelectual e independência jornalística. Mas infelizmente e contra tudo o que eu previa, de facto eles não conseguiram sequer ligar-se quanto mais completar-se. Foram algumas as vezes que as câmaras focaram os dois jornalistas a conversarem um com o outro para definirem o rumo da entrevista enquanto o primeiro-ministro falava. Pareceu-me num determinado momento da entrevista, que Jose Sócrates, estaria como que a comer as perguntas dos jornalistas e estes a perderem o norte da entrevista. Só assim se explica, o facto de se ter passado 40 minutos a falar da licenciatura de José Sócrates e 50 minutos de problemas como a Saúde, Economia, sendo que se esqueceram de um tema...EDUCAÇÃO!

Quanto ao primeiro ministro, compreendo perfeitamente, e ao contrário do que tem sido opinado na imprensa generalista que não tenha assumido uma opinião mais precocemente relativamente á polémica da sua licenciatura. Digo isto, porque obviamente, tratando-se de um "julgamento" de carácter, José Sócrates sentiu a necessidade de fazer ele próprio uma investigação a si próprio e aos documentos comprovativos da sua verdade. Falamos de uma verdade que terá acontecido há 11 anos, pelo que obviamente a aquisição de todo o processo documental, com efeito de prova demorou algum tempo a ser adquirido. Pois bem, mas continuo sem perceber os 40 minutos...sinceramente na minha opinião 20 minutos serviriam para ele dizer a sua verdade e declarar o seguinte: tenho aqui todo o processo documental e estou disponível para esclarecer toda a situação numa investigação independente, caso surjam dúvidas mesmo após consulta do mesmo. Teria sido mais simples e na minha opinião eficaz...
Quanto aos restantes temas, a entrevista não passou de mais que uma repetição das sessões ocorridas na Assembleia da República. Para quem acompanha os debates, nada de novo, repetições constantes de frases pronunciadas em plenário, e somente a demonstração de um primeiro-ministro que de facto acredita no que está a fazer. Bem ou mal, ninguém o poderá acusar no futuro de não acreditar no que está a fazer.

Para finalizar, referir-me-ei em breves palavras à reacção do presidente do PSD, Dr. Marques Mendes. Concordo num ponto com o seu discurso, ou seja, se para ele existem duvidas quanto á licenciatura de José Sócrates deve existir uma investigação independente para averiguar da veracidade dos factos apresentados pelo primeiro ministro. Discordo no entanto por completo, quando se por um lado pede uma investigação por outro acaba a sua intervenção julgando o primeiro ministro como alguém que utilizou títulos ilicitamente o que é demonstrativo do seu carácter. Na minha modesta opinião, não faz sentido emitir um julgamento ao mesmo tempo que se pede uma investigação, pelo que julgo despropositada a parte final da intervenção do Dr. Marques Mendes.

Esta é a minha visão da entrevista, pelo que fico á espera das vossas opiniões na zona dos comentários, isto porque se para mim a entrevista foi uma desilusão, teve no entanto o dom de reanimar a discussão e a opinião!

quinta-feira, abril 05, 2007

A inqualificável obsessão pelos títulos em Portugal!


Depois da polémica suscitada pelo diploma do Primeiro-ministro José Sócrates, julgo que este é um tema com relevância suficiente para ser abordado neste espaço.

Comecemos pelo caso de José Sócrates.

Estão a "chover" notícias neste preciso momento, de que no ano de 1996 nenhum estudante se formou em Engenharia na Universidade Independente, sendo esse o ano que aparece no diploma de licenciatura do actual Primeiro-ministro. A polémica em volta desta questão tem sido de tal ordem que hoje mesmo, a Wikipédia bloqueou a página dedicada ao perfil de José Sócrates, de forma a evitar actos de vandalismo!
A minha análise a toda esta situação baseia-se no seguinte:
A ser verdade a falsidade do diploma, o que até prova em contrária não acredito, julgo que sinceramente José Sócrates deveria demitir-se imediatamente. Não julguem que se trata de uma posição radical, trata-se sim de uma opinião baseada na ideia que o chefe máximo do Governo de qualquer país deve ser um exemplo de rigor, transparência, verticalidade para com a lei e sobretudo de humanismo para todos os seus concidadãos. Sendo verdade, o que até prova em contrário eu não acredito, o Primeiro-ministro teria ferido de morte alguns dos princípios que enunciei anteriormente, pelo que a melhor solução seria obviamente na minha opinião demitir-se!

Esta problemática despertou em mim a preocupação com a corrida aos títulos (Doutor, Engenheiro, Arquitecto, Enfermeiro, etc...) presente na mente dos portugueses. Chega a ser ridículo que num dos Países em que a produtividade por cidadão é das mais baixas da União Europeia (pelo menos a 15), passemos o tempo todo a exigir que nos tratam por:
" Bom dia Senhor Doutor"
" Então como está senhor Engenheiro"
E andamos nisto, como que a brincar aos doutores, aos engenheiros, aos enfermeiros, aos arquitectos, esquecendo-nos porém que existem pessoas não entituladas que produzem muito mais pelo país do que os senhores doutores, engenheiros, etc.
Sim, estou a falar da Maria, do Manuel, do António, que trabalham nas mais variadas profissões, que não olham a meios quando lhes surge uma oportunidade de emprego, mas que, aquando da presença de alguém que recusa trabalhar numa área que não aquela em que se formou, preferindo assim ficar no desemprego, sentem a estúpida obrigação de os tratar por, imagine-se doutor!

Na Dinamarca, segundo alguns relatos a que tive acesso, não existem doutores, existem os "Jonhs", os "Michaels", os "Thomas", lá não existe a obrigatoriedade de tratarem os licenciados no que quer que seja por doutores, sendo que, esse título nesse País (e que País!) é interpretado pura e simplesmente com um grau de pré-graduação e nada mais que isso. Talvez esta seja uma migalha, no imenso bolo que permite á Dinamarca ser uma das economias mais saudáveis do Mundo!

Voltando ao caso de Primeiro-ministro Jose Sócrates, a ideia da obsessão pelos títulos está presente qualquer que seja a verdade dos factos. A ser mentira, há uma clara procura dos meios de comunicação social de uma possível fraude, que poderá no entanto, ser infundada. Mas desenganem-se aqueles que julgam que aos olhos dos portugueses Jose Sócrates será visto como um corrupto. Será antes, um drama nacional, pois Portugal teria tido um Primeiro-ministro sem qualquer licenciatura (que horror!...). A ser verdade, o erro teria sido do então deputado Jose Sócrates, uma vez que sentiu que, para se afirmar no panorama político, necessitaria de um grau de licenciatura a todo o custo, não confiando que as suas capacidades (que são muitas) políticas fossem suficientes para o levar ao sucesso!

Assim termino, fazendo votos que se abram novos horizontes na mente da sociedade portuguesa e que paremos de brincar aos senhores doutores neste nosso pequeno grande País!