terça-feira, novembro 28, 2006

Para quando a globalização relgiosa?


Vivemos numa era dita moderna, na qual ainda existem muitos conceitos deveras primitivos e que nos deveriam encher de vergonha como parte integrante da sociedade. A forma de encarar a religião é na minha opinião um desses conceitos.Todas as religiões tentaram e continuam a tentar adquirir ganhos ideológicos, com base em pequenos episódios factuais, adulterando por completo toda a escala de valores que estão na base da sua origem. São constantes as tentativas de atropelamento de umas religiões ás outras ( ou é o Papa Bento XVI que "ataca" os seguidores de Maomé e vice-versa, ou assistimos ao ataque a igrejas cristãs por parte dos muçulmanos e a ataques a mesquita por parte dos cristãos, etc...).
Pior do que este combate estupidamente doentio, é a existência de evidências que ainda hoje também acabam por não diferenciar a religião dita "moderna"- cristianismo, e a religião dita do submundo- islamismo. Essas semelhanças dizem respeito, por exemplo á recusa em aceitar a contracepção, o celibato, e muitos outros temas! Eu como cristão interessar-me-ía muito mais ver discutidas essas ideias, do que ver o representante máximo da minha religião a atacar outras religiões pois isso nada traz de benéfico para nós, aumentando sim, o ódio desmedido por parte de alguns, que aproveitando-se da modificação da base do islamismo, usam essas mesmas "armas" para ganhar credibilidade junto da comunidade muçulmana de alguns países, aumentando assim a sua expressão ideológica na comunidade dos mesmos.
Será que um dia a comunidade mundial poderá viver um dia em harmonia religiosa, ou seja, num mundo em que ao vermos um muçulmano, num país ocidental,não olhemos para ele com desconfiança, num mundo onde um cristão poderá passear livremente por um país islâmico, sem que este não seja também olhado com desconfiança por parte dos nativos? Eu acredito que sim, mas até lá, este clima de Guerra Fria vai persistir ainda durante muitos anos, sobretudo enquanto os responsaveis hierarquimamente mais importantes de todas as religiões não se esquecerem que ao atirar pedras para o outro lado, estão a aumentar o número de pedras com que poderão vir a ser atingidos no futuro!

sexta-feira, novembro 24, 2006

Era do Betão

Se a nossa geração se preocupar unicamente em satisfazer as necessidades presentes, estará certamente a hipotecar a existência de qualidade de vida das gerações futuras!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Pena de morte à pena de morte

É inacreditável como em pleno século XXI e depois de tantas conquistas no que aos direitos do homem diz respeito, ainda existam países onde a pena de morte é aplicável. Outrora esquecida, voltou novamente a constar da agenda dos governos e da comunidade mundial . Esta terá sido das poucas coisas boas com que Saddam contribuiu para o mundo, mas será certamente esquecida pouco tempo após a sua execução.
O que não consigo verdadeiramente entender é como é possivel que um país (que eu muito admiro) que apregoa os valores da liberdade, da democracia, dos direitos do homem, se esqueça de um direito fundamental deste último, que é seu próprio direito á existência. Ninguém tem o direito de tirar a vida a quem quer que seja, independente de todas as razões objectivas que possam levar a esse desfecho. Se assim não fosse, qual o sentido de existir um poder judicial em qualquer estado de direito?
Quanto ao cartoon só mesmo um animal insensível se pode rir da execução da pena de morte , mesmo que essa pena seja executável a uma pessoa como Saddam Hussein, um dos mais terriveis e maquievélicos ditadores que a história infelizmente conheceu.

quinta-feira, novembro 16, 2006

"Politiquice" em vez de política? Não obrigado!

Sempre que vejo um debate na Assembleia da República fico perplexo com a necessidade de todos os líderes políticos necessitarem de pequenos apartes vindos da bancada que os apoia (p.ex: muito bem!!!!, exactamente!!!!, etc) para consolidar o seu discurso. Penso por vezes que isso possa advir da fragilidade do mesmo, mas ultimamente tenho verificado que disso não se trata. Estamos perante um hábito parlamentar que na minha opinião em nada dignifica os políticos. Mais grave do que terem este tipo de actuação no parlamento, é o facto de no seio de 6 grupos parlamentares ninguém dar conta do rídiculo que é essa conduta aos olhos dos portugueses. Felizmente na minha opinião, existem bons políticos em Portugal, que muitas vezes perdem esse importante valor, porque em vez de exercerem política são absorvidos por fenómenos de "Politiquice barata" que em nada os credibiliza!

domingo, novembro 05, 2006

Referendo ao Aborto - Um voto de consciência

Estamos cada vez mais próximos do dia em que todos os eleitores portugueses irão decidir se haverá ou não despenalização do aborto para as mulheres que o pratiquem até ás 10 semanas, desde que feito em clinicas públicas ou privadas, que garantam a maior e melhor qualidade no que à prestação desse serviço diz respeito.

Pois bem, o debate nacional ainda agora começou e certamente não existirá nenhum tema referendável no País cuja volatilidade dos votos seja tão grande. Neste referendo esqueçam as sondagens, esqueçam as demagogias políticas do costume, porque os eleitores irão exercer o seu direito de voto de acordo com a sua consciência sobre o que é o direito á vida. No entanto essa consciência pode ser facilmente adulterada por imagens que tanto o "SIM" como o "NÃO" podem e vão fazer questão de passar, fazendo com que este referendo em vez de ser um debate ideológico sobre o direito á vida, passe a ser um desenrolar de casos pontuais, cuja prova só os intervenientes directos têm acesso, com o intuito de chocar a sensiblidade de cada eleitor. Espero portanto que a campanha ao nível dor orgãos de comunicação social, não envolva imagens/depoimentos chocantes, porque são completamente desnecessários e desprovidos de valor ideológico. Anseio que em vez disso, se utilizem argumentos que sustentem o valor da opção de cada um dentro da sua própria consciência.

Imagens como a que apresento não ferem susceptibilidades, não emitem opinião, apenas ajudam a perceber a importância e o previlégio do voto a que teremos direito...Neste referendo pior que ter uma má opinião é mesmo não ter opinião!

quarta-feira, novembro 01, 2006

Benfica-Porto...Rivalidade estupidamente doentia


Antes dum F.C.Porto-Benfica... é sempre isto! Já não há pachorra para ler tanta hipocrisia e fanatismo. Ou é por causa de Miccoli ou é por causa do árbitro... há sempre uma razão qualquer para protestar, fazer pressão e incendiar o jogo.Futebol é no relvado... e o jogo de sábado é um dos mais apetecíveis do ano. Por causa da rivalidade, da ansiedade, do ambiente que rodeia o jogo... é o futebol numa das suas expressões mais fantásticas. Se pudesse... pegava nos meus amigos portistas e benfiquistas que gostam de futebol e ia com eles ao estádio! A rivalidade, encarada de forma sadia e sem ódios doentios é útil ao futebol... pena é que haja sempre gente mais interessada em fomentar os sentimentos negativos que o futebol gera e nada preocupada com o fenómeno do espectáculo!No Sábado... venha quem vier... Benfica... o Lucílio... que seja um grande jogo de futebol!


Post publicado por: Daniel Pinto (um grande amigo meu portista)