O adjectivo que utilizo para descrever esta entrevista é mesmo desilusão.
Para analisar a entrevista começarei por analisar a performance dos entrevistadores.
Perante dois jornalistas com o nível de Maria Flor Pedroso e Jose Alberto Carvalho, sinceramente esperava mais e melhor. Digo isto, porque se tratam dois dos mais conceituados jornalistas portugueses, sendo um exemplo de qualidade intelectual e independência jornalística. Mas infelizmente e contra tudo o que eu previa, de facto eles não conseguiram sequer ligar-se quanto mais completar-se. Foram algumas as vezes que as câmaras focaram os dois jornalistas a conversarem um com o outro para definirem o rumo da entrevista enquanto o primeiro-ministro falava. Pareceu-me num determinado momento da entrevista, que Jose Sócrates, estaria como que a comer as perguntas dos jornalistas e estes a perderem o norte da entrevista. Só assim se explica, o facto de se ter passado 40 minutos a falar da licenciatura de José Sócrates e 50 minutos de problemas como a Saúde, Economia, sendo que se esqueceram de um tema...EDUCAÇÃO!
Quanto ao primeiro ministro, compreendo perfeitamente, e ao contrário do que tem sido opinado na imprensa generalista que não tenha assumido uma opinião mais precocemente relativamente á polémica da sua licenciatura. Digo isto, porque obviamente, tratando-se de um "julgamento" de carácter, José Sócrates sentiu a necessidade de fazer ele próprio uma investigação a si próprio e aos documentos comprovativos da sua verdade. Falamos de uma verdade que terá acontecido há 11 anos, pelo que obviamente a aquisição de todo o processo documental, com efeito de prova demorou algum tempo a ser adquirido. Pois bem, mas continuo sem perceber os 40 minutos...sinceramente na minha opinião 20 minutos serviriam para ele dizer a sua verdade e declarar o seguinte: tenho aqui todo o processo documental e estou disponível para esclarecer toda a situação numa investigação independente, caso surjam dúvidas mesmo após consulta do mesmo. Teria sido mais simples e na minha opinião eficaz...
Quanto aos restantes temas, a entrevista não passou de mais que uma repetição das sessões ocorridas na Assembleia da República. Para quem acompanha os debates, nada de novo, repetições constantes de frases pronunciadas em plenário, e somente a demonstração de um primeiro-ministro que de facto acredita no que está a fazer. Bem ou mal, ninguém o poderá acusar no futuro de não acreditar no que está a fazer.
Para finalizar, referir-me-ei em breves palavras à reacção do presidente do PSD, Dr. Marques Mendes. Concordo num ponto com o seu discurso, ou seja, se para ele existem duvidas quanto á licenciatura de José Sócrates deve existir uma investigação independente para averiguar da veracidade dos factos apresentados pelo primeiro ministro. Discordo no entanto por completo, quando se por um lado pede uma investigação por outro acaba a sua intervenção julgando o primeiro ministro como alguém que utilizou títulos ilicitamente o que é demonstrativo do seu carácter. Na minha modesta opinião, não faz sentido emitir um julgamento ao mesmo tempo que se pede uma investigação, pelo que julgo despropositada a parte final da intervenção do Dr. Marques Mendes.
Para analisar a entrevista começarei por analisar a performance dos entrevistadores.
Perante dois jornalistas com o nível de Maria Flor Pedroso e Jose Alberto Carvalho, sinceramente esperava mais e melhor. Digo isto, porque se tratam dois dos mais conceituados jornalistas portugueses, sendo um exemplo de qualidade intelectual e independência jornalística. Mas infelizmente e contra tudo o que eu previa, de facto eles não conseguiram sequer ligar-se quanto mais completar-se. Foram algumas as vezes que as câmaras focaram os dois jornalistas a conversarem um com o outro para definirem o rumo da entrevista enquanto o primeiro-ministro falava. Pareceu-me num determinado momento da entrevista, que Jose Sócrates, estaria como que a comer as perguntas dos jornalistas e estes a perderem o norte da entrevista. Só assim se explica, o facto de se ter passado 40 minutos a falar da licenciatura de José Sócrates e 50 minutos de problemas como a Saúde, Economia, sendo que se esqueceram de um tema...EDUCAÇÃO!
Quanto ao primeiro ministro, compreendo perfeitamente, e ao contrário do que tem sido opinado na imprensa generalista que não tenha assumido uma opinião mais precocemente relativamente á polémica da sua licenciatura. Digo isto, porque obviamente, tratando-se de um "julgamento" de carácter, José Sócrates sentiu a necessidade de fazer ele próprio uma investigação a si próprio e aos documentos comprovativos da sua verdade. Falamos de uma verdade que terá acontecido há 11 anos, pelo que obviamente a aquisição de todo o processo documental, com efeito de prova demorou algum tempo a ser adquirido. Pois bem, mas continuo sem perceber os 40 minutos...sinceramente na minha opinião 20 minutos serviriam para ele dizer a sua verdade e declarar o seguinte: tenho aqui todo o processo documental e estou disponível para esclarecer toda a situação numa investigação independente, caso surjam dúvidas mesmo após consulta do mesmo. Teria sido mais simples e na minha opinião eficaz...
Quanto aos restantes temas, a entrevista não passou de mais que uma repetição das sessões ocorridas na Assembleia da República. Para quem acompanha os debates, nada de novo, repetições constantes de frases pronunciadas em plenário, e somente a demonstração de um primeiro-ministro que de facto acredita no que está a fazer. Bem ou mal, ninguém o poderá acusar no futuro de não acreditar no que está a fazer.
Para finalizar, referir-me-ei em breves palavras à reacção do presidente do PSD, Dr. Marques Mendes. Concordo num ponto com o seu discurso, ou seja, se para ele existem duvidas quanto á licenciatura de José Sócrates deve existir uma investigação independente para averiguar da veracidade dos factos apresentados pelo primeiro ministro. Discordo no entanto por completo, quando se por um lado pede uma investigação por outro acaba a sua intervenção julgando o primeiro ministro como alguém que utilizou títulos ilicitamente o que é demonstrativo do seu carácter. Na minha modesta opinião, não faz sentido emitir um julgamento ao mesmo tempo que se pede uma investigação, pelo que julgo despropositada a parte final da intervenção do Dr. Marques Mendes.
Esta é a minha visão da entrevista, pelo que fico á espera das vossas opiniões na zona dos comentários, isto porque se para mim a entrevista foi uma desilusão, teve no entanto o dom de reanimar a discussão e a opinião!