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quinta-feira, janeiro 03, 2008

Sócrates volta a terra!

Na mensagem de Ano Novo, o Presidente da República fez um discurso oportuno, que na minha leitura se baseou na palavra MAS!
A verdade é que ele tocou em pontos basilares de uma sociedade moderna, como seja a educação, a saúde ou a Justiça! Disse que houve sinais positivos mas...

Trouxe à terra um Governo que talvez fruto das sondagens se teme que abrande o espírito reformista e se vire agora para as reformas populistas (2009 está à porta…)!

Da acção governativa na minha modesta opinião, mesmo sendo algumas reformas do Governo Socialista impopulares, estas são adequadas face aos problemas do presente e do futuro do País. O problema é que foram apresentadas de forma errónea aos portugueses.

Chega a haver momentos em que parece que apenas o Primeiro-ministro acredita nas reformas, uma vez que alguns dos seus ministros têm dificuldades em explicar o sentido das mesmas. E algumas delas têm muito sentido como veremos no futuro!

Parte do problema reside no facto de alguns ministros do executivo não serem a meu ver bons políticos (Ministro da Saúde e Ministra da Educação), daí a dificuldade em apresentar as suas reformas de uma forma equilibrada, simples e de fácil entendimento para o povo português.

Repare-se na diferença com que o Ministro das Finanças apresenta os seus programas, as suas reformas em relação aos mencionados ministros. Serão as reformas deste ministro menos impopulares que qualquer das reformas apresentadas pela Ministra da Educação ou o Ministro da Saúde?

Sinceramente não me parece, a diferença está na forma como são apresentadas...e isso também faz parte de um bom político e de um bom governo.

Feliz 2008!

quarta-feira, maio 30, 2007

Greve Geral - O dia em de todas as contradições!


A agência lusa noticia hoje (30-05-07) - "greve geral que se cumpre hoje em todo o pais deixou alguns serviços da área da grande Lisboa "anormalmente" calmos, com os próprios grevistas a aproveitarem o dia para tratar de assuntos pessoais.

Sendo a greve um direito de todos os trabalhadores em qualquer estado democrático, custa-me a aceitar que mais uma vez haja um aproveitamento inadequado de um legítimo direito que tanto custou a conquistar. Considero inadmissível, esta notícia avançada pela Agência Lusa. Com que moral, estes senhores que fazem greve, se dirigem a um qualquer outro trabalhador de forma a usufruir do seu trabalho? Faz sentido utilizar-se uma greve para resolver assuntos pessoais? Obviamente que não! Não podemos aceitar isso! O direito á greve, é um direito escrito na constituição, que permite aos trabalhadores demonstrarem a sua insatisfação perante as condições laborais. Se os trabalhadores consideram que é necessária uma paralisação do País/empresas de forma a demonstrarem a sua indignação perante as condições laborais que lhe são oferecidas, pois bem avancem para a greve, agora façam-no sempre de acordo com a sua consciência e sobretudo de acordo com os seus valores ideológicos.

Acho deplorável a constante guerra dos números apresentados pelo governo e sindicatos. É uma história com um final anunciado. Já é do conhecimento comum, que chegado ao fim do dia os números dos sindicatos rondarão os 80% e os do Governo os 20%. Hoje por certo não será (infelizmente) diferente!

Ridícula é a posição de um elemento da CGTP, que afirmou em entrevista à Antena1 que deveriam ser feitas mais greves, de forma a exercitar melhor a democracia portuguesa? Ou este senhor não tem noção de que a greve deve ser sempre o último recurso em qualquer debate laboral, ou então, não sabe o impacto negativo que uma sucessão de greves tem não só para Estado e Empresas como também para os trabalhadores. Para quando uma regeneração da CGTP? Há quantos anos estão os mesmos dirigentes á frente da maior associação sindical portuguesa? A imobilidade dos dirigentes, pode ser muito prejudicial ás instituições sobretudo quando essa imobilidade também se reflecte no pensamento e ideologia!

quarta-feira, abril 11, 2007

A entrevista de Jose Sócrates - Desilusão!

O adjectivo que utilizo para descrever esta entrevista é mesmo desilusão.

Para analisar a entrevista começarei por analisar a performance dos entrevistadores.
Perante dois jornalistas com o nível de Maria Flor Pedroso e Jose Alberto Carvalho, sinceramente esperava mais e melhor. Digo isto, porque se tratam dois dos mais conceituados jornalistas portugueses, sendo um exemplo de qualidade intelectual e independência jornalística. Mas infelizmente e contra tudo o que eu previa, de facto eles não conseguiram sequer ligar-se quanto mais completar-se. Foram algumas as vezes que as câmaras focaram os dois jornalistas a conversarem um com o outro para definirem o rumo da entrevista enquanto o primeiro-ministro falava. Pareceu-me num determinado momento da entrevista, que Jose Sócrates, estaria como que a comer as perguntas dos jornalistas e estes a perderem o norte da entrevista. Só assim se explica, o facto de se ter passado 40 minutos a falar da licenciatura de José Sócrates e 50 minutos de problemas como a Saúde, Economia, sendo que se esqueceram de um tema...EDUCAÇÃO!

Quanto ao primeiro ministro, compreendo perfeitamente, e ao contrário do que tem sido opinado na imprensa generalista que não tenha assumido uma opinião mais precocemente relativamente á polémica da sua licenciatura. Digo isto, porque obviamente, tratando-se de um "julgamento" de carácter, José Sócrates sentiu a necessidade de fazer ele próprio uma investigação a si próprio e aos documentos comprovativos da sua verdade. Falamos de uma verdade que terá acontecido há 11 anos, pelo que obviamente a aquisição de todo o processo documental, com efeito de prova demorou algum tempo a ser adquirido. Pois bem, mas continuo sem perceber os 40 minutos...sinceramente na minha opinião 20 minutos serviriam para ele dizer a sua verdade e declarar o seguinte: tenho aqui todo o processo documental e estou disponível para esclarecer toda a situação numa investigação independente, caso surjam dúvidas mesmo após consulta do mesmo. Teria sido mais simples e na minha opinião eficaz...
Quanto aos restantes temas, a entrevista não passou de mais que uma repetição das sessões ocorridas na Assembleia da República. Para quem acompanha os debates, nada de novo, repetições constantes de frases pronunciadas em plenário, e somente a demonstração de um primeiro-ministro que de facto acredita no que está a fazer. Bem ou mal, ninguém o poderá acusar no futuro de não acreditar no que está a fazer.

Para finalizar, referir-me-ei em breves palavras à reacção do presidente do PSD, Dr. Marques Mendes. Concordo num ponto com o seu discurso, ou seja, se para ele existem duvidas quanto á licenciatura de José Sócrates deve existir uma investigação independente para averiguar da veracidade dos factos apresentados pelo primeiro ministro. Discordo no entanto por completo, quando se por um lado pede uma investigação por outro acaba a sua intervenção julgando o primeiro ministro como alguém que utilizou títulos ilicitamente o que é demonstrativo do seu carácter. Na minha modesta opinião, não faz sentido emitir um julgamento ao mesmo tempo que se pede uma investigação, pelo que julgo despropositada a parte final da intervenção do Dr. Marques Mendes.

Esta é a minha visão da entrevista, pelo que fico á espera das vossas opiniões na zona dos comentários, isto porque se para mim a entrevista foi uma desilusão, teve no entanto o dom de reanimar a discussão e a opinião!

terça-feira, abril 10, 2007

As dependências podem ter levado ao fim da Universidade Independente!


«Tomei a decisão de proferir um despacho de encerramento compulsivo da UnI, despacho que é, por força da lei, provisório. Já mandei notificar a universidade que, nos termos da lei, tem dez dias úteis para se pronunciar, fazendo os considerandos ou as alegações que entender», afirmou Mariano Gago, em conferência de imprensa.·


Esta foi a notícia que pode ter terminado com o triste estado de calamidade a que chegou a Universidade Independente. Depois de tantos casos insólitos, uns atrás dos outros, protagonizados pelos responsáveis máximos da Instituição, o ministro Mariano Gago tomou a atitude mais sensata ao promover este despacho provisório.

Sinceramente não me preocupada nada o encerramento desta universidade, uma vez que a empresa responsável (SIDES) nunca se preocupou de facto em resolver a situação, uma vez, que segundo me pareceu, o clima de compadrio e de favores estava instalado na instituição, o que obviamente maniatou a SIDES, ficando esta sem qualquer hipótese de resolver o que quer que fosse. Foram cenas lamentáveis as que observámos na última semana, desde troca de reitores como quem troca de camisa, desde acusações sem qualquer nível por parte de pessoas com elevada responsabilidade numa instituição cuja base da sua existência é a educação, desde recusa em obedecer a ordens judiciais, enfim parecia um Reality Show de péssima qualidade!

O que me preocupa sinceramente é a quantidade de alunos que se vêm nesta situação sem qualquer responsabilidade. As suas famílias que investiram tanto dinheiro na sua educação (não esquecer que se trata de uma Universidade privada) e vêm que afinal o seu dinheiro não foi utilizado para ensinar de forma superior os seus filhos, mas sim para sustentar algumas das pessoas que geriam a Universidade. As minhas preocupações são basicamente as seguintes: Para onde irão estes alunos? Irão para Ensino Público ou Privado? Como serão actualizados e incorporados os seus currículos e aquisição de conteúdos programáticos na nova instituição?

Só espero que no final, não sejam os menos culpados os mais penalizados pela irresponsabilidade de alguns senhores doutores que teimam em "brincar" com o dinheiro de pessoas, que se sacrificam para que os seus filhos possam ter uma vida de qualidade assente num princípio essencial na sociedade moderna - o conhecimento!