sábado, março 17, 2007

Saldos dos medicamentos - Uma forma leviana de olhar para a Saúde em Portugal!


Pois bem, hoje utilizo este espaço para escrever algumas considerações que julgo serem importantes acerca da possibilidade das farmácias utilizarem saldos aquando da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.

Venho desta forma manifestar o meu desagrado para com esta medida pelos seguintes motivos:

1- Não podemos olhar para o medicamento da mesma forma que olhamos para qualquer outro produto, uma vez que para além dos efeitos benéficos que os mesmos têm para o nosso organismo quando administrados nas devidas condições, existe sempre a possibilidade da existência de possíveis efeitos indesejáveis inerentes ao uso do medicamento.

2- Os medicamentos que estejam em saldos, serão uma forte atracção para as pessoas, que aproveitando o preço, comprarão estes medicamentos mesmo não necessitando dos mesmos. Acontecerá portanto um aumento dos riscos associados á auto-medicação, sendo este um dos maiores problemas de saúde no nosso país.

3- Compreendo perfeitamente que a ideia do governo seja diminuir o preço dos medicamentos, no entanto receio que o que aconteceu com os combustíveis possa vir a acontecer no sector farmacêutico. Sendo assim, na minha opinião existe o enorme risco para os consumidores, de as farmácias fazerem um acordo entre elas em que se estabelece a obrigatoriedade de tabelarem os preços dos medicamentos pelo preço máximo permitido por Lei, num esquema em tudo idêntico ao que fazem as grandes marcas petrolíferas existentes no nosso País.

Uma das soluções poderia ser tomada por forma a diminuir o preço dos medicamentos consiste no seguinte:

Os medicamentos comparticipados pelo estado "pagam" de IVA 5%. Sendo estes medicamentos pagos numa determinada % pelo consumidor e outra % pelo Estado, não faz na minha opinião qualquer sentido o Estado estar a cobrar um imposto a si próprio. Assim eliminando o IVA que o Estado está a pagar nos medicamentos, o estado pouparia por certo muito milhares de euros, que tanto jeito lhe daria numa situação de crise como a que vivemos.

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