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domingo, junho 03, 2007

Como dar um novo alento, um novo espírito à nossa terra

No seguimento do último post, "Teimosia de nao preservarmos o que temos de melhor!, e de um outro que data de Março, "Um paraíso esquecido em Fornos de Algodres!" decidi também dar a minha opinião para além de um simples comentário à última postagem.
Foi dito que Fornos é um paraíso esquecido... Ora, por mais amor que tenho à minha terra, tenho de ver que a nossa pequena vila não possui características únicas. Algo que a possam fazer por si só um destino para turismo, para cativar e investir. Todo o património que temos, são vulgares em muitos dos concelhos portugueses... Igrejas, pelourinhos, capelas e outros... Temos um escasso património arqueológico, que não me parece estar suficientemente divulgado como nossa herança. Não desprezando o que temos, seguem uma data de exemplos do que poderia ser feito em conjugação com a preservação e restauração do que temos. Julgo é que só isto não é suficiente para fazer de Fornos um concelho a visitar.
O mote para que possamos fazer de Fornos uma vila apetecível, é modernizar. Com isto digo, por exemplo, finalizar o hotel da serra da Esgalhada, construir um complexo de piscinas minimamente apetecível para que no Verão acolhesse todos os jovens e adultos que desejam passar uma tarde mais ... "fresca". Vejam que para isso, temos de nos deslocar a Mangualde, Gouveia, ou então contentar-nos com a pequena piscina da Quinta das Courelas. Com o hotel da Serra da Esgalhada, certamente teríamos clubes a quererem visitar-nos para as pré-temporadas, ou simplesmente portugueses que queiram passar um fim de semana no campo. Vejam o exemplo, o bom exemplo, do que foi feito com o Inatel de Vila Ruiva... Entre outras ideias, recuperar os circuitos da Serra, e aproveitá-la para outros desportos. Porque não aliar o Hotel, com circuitos para Btt, ou outros. Ou então, um simples acordo com o Esgalhada Clube TT para passeios pelas nossas freguesias, que tão belas paisagens sobre a Serra de Estrela têm. São apenas algumas ideias, que necessitam de investimento, mas que certamente saíram logradas. E a partir destas, outras novas ideias... Como ecoturismo, que tanto em voga está agora... Aproveitar o percurso do Mondego para caminhadas a beira-rio, voltar a deixar a população usufruir de canoas e/ou caiaques. Outro projecto a considerar seria apostar também no turismo rural...
É por isso que muitas vezes olho para um concelho vizinho, Gouveia, que tem em abundância actividades que tentam chamar e erguer o seu nome ao Páis... Feiras gastronómicas, Campeonato do Mundo de Salto em Snowboard. Há-que jogar com o que temos, e nós, não estamos a fazê-lo.

São só conceitos, visões de um dos filhos da terra... Julgo que a nossa autarquia podia fazer mais por nós, pela vila... Para que, para já, agarre os que tem, e quem sabe mais tarde, chame outros para visitar ou mesmo ficarem por cá.

Por isso julgo que as palavras de ordem são mais de dinamizar e modernizar... E jogar estes 2 conceitos com o que de mais precioso temos: a nossa localização, no Vale da Serra da Estrela. É caso para dizer que podemos ser inovadores por cuidar do ambiente, mas também porque ele nos pode trazer mais-valias em termos económicos.


Um abraço a todos,
hugo

sexta-feira, junho 01, 2007

Ambiente primeiro, betão depois...

Depois de muito tempo ausente, volto com uma tema que me fez ganhar o dia, ou a noite (04h06 am, 1 de Junho de 2006).

É com muito agrado que leio uma notícia no Público hoje... Dou a mão à palmatória quanto aos nossos vizinhos espanhóis. Se é verdade que o português nutre um ódio especial quanto a "nuestros hermanos", também é verdade que devemos olhar para as suas políticas ambientais, entre outras.
Ora vejamos este caso: Espanha chumba auto-estrada de 300 km para salvar lince ibérico.
Daí o meu título para este post... Será que o nosso governo tomaria a mesma opção? E falo do governo, não de um partido que está agora no poder, mas no sentido lato. Nós, que deixámos esta mesma espécie chegar à extinção no nosso território, apenas por falta de vontade política. Fico agradecido ao Governo Espanhol por não deixarem que esta espécie, uma das endémicas da Península Ibérica consiga sobreviver apesar de todas as adversidades. Espero agora que o pacto assinado entre os 2 países para que possamos ter novamente estes belos animais, embora em cativeiro, seja o primeiro passo para a sua repovoação no nosso País.
Porque quando protegemos este animal, protegemos outros mais, que partilham do mesmo habitat. A isso chamamos uma espécie guarda-chuva.
É importante também que não só os governos travem estas lutas contra a extinção de espécies ameaçadas, mas também todos nós... Nem que seja somente informando e educando, porque esse é o primeiro passo para a grande batalha que é a Conservação da biodiversidade.

Em jeito de final, deixo a espantosa diminuição do lince ibérico... Em menos de 40 anos passaram de milhares de indivíduos para apenas uma centena...

Imaginem um mundo onde as vossas crianças só saberiam o que um elefante, uma baleia, um felino como o lince ibérico ou o tigre da Sibéria, gorilas e inofensivos pandas, tucanos, papagaios e rinocerontes são através de livros, museus de história natural, ou documentários com dezenas de anos...
E como hoje é dia 1 de Junho, se não o faremos por nós, tentemos fazê-lo pelos que hoje comemoram o seu dia, para que tenham direito ao que nós tivemos, ou talvez mais...

Digam lá se estes pequenotes não merecem a nossa atenção??

P.S: Vejam os vídeos na secção ao lado, mas realço o quarto vídeo. Certamente não se arrependerão!