Sempre que existe uma entrevista realizada a qualquer agente político, a matemática é utilizada frequentemente como uma arma de ataque ou defesa consoante a natureza das situações. Refiro-me obviamente a uma área da matemática, denominada Estatística. Hoje em dia tornou-se essencial no debate político, interpretar da forma mais conveniente resultados que ao serem matemáticos, deveriam ser de tal forma objectivos que a sua dúbia interpretação tornar-se-ia impossível. Pois bem parece que impossível é mesmo existir uma definição objectiva de quais os parâmetros a utilizar para a interpretação dos diferentes resultados matemáticos com importância política.
Frequentemente ouço falar umas vezes de percentagens, outras vezes de valores absolutos e relativos e convenhamos isto não ajuda em nada ao esclarecimento dos eleitores. Julgo que padronizando a variável das ordenadas em todos os gráficos de interesse político, independentemente de se optar por um valor absoluto, percentual ou relativo, tornaria mais clara e objectiva a mensagem que se pretende chegar ao eleitorado.
Apresento o último estudo do INE sobre o emprego em Portugal. Retirando algumas parcelas desse estudo cheguei ao gráfico apresentado nesta imagem. No gráfico, a ordenada está descrita em termos percentuais. Repare-se no seguinte, o gráfico diz respeito á taxa de desemprego em termos percentuais mas facilmente pode despertar duas interpretações.
No debate político, o que se tem verificado, ultimamente sobre o desemprego reflecte exactamente a politização dos números. Por um lado o governo vem dizer-nos, tal como nos demonstra o gráfico, que o desemprego após um aumento significativo de 2003 a 2005 (infelizmente não surgem esses valores) está nesta fase a estagnar em termos de aumento percentual, no entanto a oposição facilmente acusa o Governo de ter atingido um máximo negativo histórico em termos percentuais no que diz respeito à taxa de desemprego no quarto trimestre de 2006 (o que também é verdadeiro analisando o gráfico).
A verdade é que se tratam de dois argumentos verdadeiros, claros e objectivos. Sendo assim aqueles que melhor conseguirem politizar as estatística terão sempre uma maior probabilidade de sucesso que os demais, pelo que é possível afirmar, que nunca a matemática foi tão importante no debate político como actualmente!
Frequentemente ouço falar umas vezes de percentagens, outras vezes de valores absolutos e relativos e convenhamos isto não ajuda em nada ao esclarecimento dos eleitores. Julgo que padronizando a variável das ordenadas em todos os gráficos de interesse político, independentemente de se optar por um valor absoluto, percentual ou relativo, tornaria mais clara e objectiva a mensagem que se pretende chegar ao eleitorado.
Apresento o último estudo do INE sobre o emprego em Portugal. Retirando algumas parcelas desse estudo cheguei ao gráfico apresentado nesta imagem. No gráfico, a ordenada está descrita em termos percentuais. Repare-se no seguinte, o gráfico diz respeito á taxa de desemprego em termos percentuais mas facilmente pode despertar duas interpretações.
No debate político, o que se tem verificado, ultimamente sobre o desemprego reflecte exactamente a politização dos números. Por um lado o governo vem dizer-nos, tal como nos demonstra o gráfico, que o desemprego após um aumento significativo de 2003 a 2005 (infelizmente não surgem esses valores) está nesta fase a estagnar em termos de aumento percentual, no entanto a oposição facilmente acusa o Governo de ter atingido um máximo negativo histórico em termos percentuais no que diz respeito à taxa de desemprego no quarto trimestre de 2006 (o que também é verdadeiro analisando o gráfico).
A verdade é que se tratam de dois argumentos verdadeiros, claros e objectivos. Sendo assim aqueles que melhor conseguirem politizar as estatística terão sempre uma maior probabilidade de sucesso que os demais, pelo que é possível afirmar, que nunca a matemática foi tão importante no debate político como actualmente!
Sem comentários:
Enviar um comentário